A
aprendizagem acerca da natureza da ciência e da sua relação com a sociedade e a
cultura compõe um aspeto marcante da educação em ciência, expondo uma ponte
significativa entre a comunidade científica e os restantes setores da sociedade
(McComas, 2000). Assim sendo, a instituição educativa desempenha um papel
fulcral na construção de conhecimento na área da ciência e no incremento de
capacidades, competências e atitudes que proporcionam o envolvimento quer das
crianças quer da família/comunidade. “As interações sociais, são [desta forma],
o âmago do desenvolvimento do pensamento e da aprendizagem” da criança
(Marchão, 2012: 127).
O
cientista, na faixa etária dos 3 aos 5 anos (Educação Pré-escolar), carateriza-se
como sendo um “profissional” divertido, observador, atento que investiga,
questiona, não se revendo nas caricaturas do cientista que usa óculos, veste bata
branca, “no cientista louco ou excêntrico que, isoladamente e em sigilo realiza
experiências perigosas e de resultados imprevisíveis; ou o cientista que,
motivado pelo lucro, procura novos conhecimentos e produtos de forma
competitiva e desleal (Aikenhead, 1988; Fort e Varney, 1989; Matthews e Davies,
1999; Reis, 2004; Reis, Rodrigues e santos, 2006).
O
Jardim-de-infância, veiculando uma imagem sobre a ciência experimental como um
conjunto de conhecimentos que conduzem a verdades absolutas, inquestionáveis,
através da observação direta, promove a compreensão básica do conhecimento sobre
o mundo e do conhecimento científico, motivando as crianças a desenvolver o
raciocínio lógico, a levantar questões/hipóteses, a prever resultados e a
chegar a conclusões (…), a desenvolver atitudes de índole científicas,
educativas baseando-se em conceções matemáticas…
As
atitudes emocionais, constituindo os alicerces para as atitudes inteletuais, são as prioritárias a desenvolver-se
nas crianças da Educação Pré-escolar. O cientista do Jardim-de-infância, partilhando
ideias, interage com seus pares, revelando reações emocionais, frente a
situações que surgem, naturalmente.
SER CIENTISTA, no Jardim-de-infância é
MANIPULAR, COMPARAR, ENVOLVER-SE ATIVAMENTE NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E NAS
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS, (…) é CRESCER!.... Daí que as educadoras do Agrupamento
de Escolas Penafiel Sudeste vão continuar
a “investir na [criança/] pessoa” (Nóvoa, 1992), estimulando-a a planificar
as atividades a efetuar e a refletir sobre as realizadas, rentabilizando as
potencialidades de cada criança. As crianças tornam-se cientistas ativos “… que procuram, constantemente, satisfazer a sua insaciável curiosidade sobre o mundo que as rodeia” (Reis, 2008: 16). Desta forma, o espirito curioso das crianças vai continuar a ser explorado e orientado na criação de situações de aprendizagem, até porque as questões, que fluem com naturalidade, sobre a grande diversidade temática são “o ponto de partida para a construção do conhecimento” (Pereira,
2002: 58).
No âmbito do Plano de Melhoria, o Departamento da Educação Pré-escolar
do AEPS desenvolve, ao longo do ano letivo, o Projeto “Aprender …
experimentando …” que inclui a realização de 3 atividades experimentais por
período, em cada grupo de crianças que compõe o presente Departamento, tendo
como grande objetivo divulgar o trabalho desenvolvido na Educação Pré-escolar,
na área das ciências experimentais.
Cabeça
Santa, 14 de novembro de 2014
Carolina
Rodrigues
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